O cultivo de cogumelos começa com o preparo de um substrato inicial, que funciona como a base para o crescimento do fungo. Esse substrato é um meio de cultura que fornece os nutrientes necessários para que o micélio (parte viva do fungo) cresça e forme uma colônia.
Geralmente, o meio de cultura é feito com grãos ricos em amido, como trigo, centeio, cevada, arroz integral, alpiste, milho de pipoca, sorgo e painço. Outra opção muito usada é o método PF Tek, que combina vermiculita com arroz integral para criar um substrato nutritivo e fácil de manusear.
O processo de cultivo é simples: o fungo é inoculado nos grãos ou no substrato e, depois que o micélio se espalha completamente, ele é transferido para uma câmara úmida para estimular a formação dos cogumelos (frutificação).
O fungo cresce bem em temperaturas entre 20°C e 30°C. Para ter um bom resultado, é importante garantir uma ventilação moderada e um pouco de luz indireta.
Depois de colher os cogumelos, é essencial desidratá-los e armazená-los corretamente para que mantenham suas propriedades ativas e fiquem conservados por mais tempo.
Dentre os meios de culturas utilizados para multiplicação de fungos, temos:
Existem vários meios de cultura usados para multiplicar fungos, cada um com uma função específica no processo de cultivo.
Um dos métodos mais usados é a placa de petri com ágar (geralmente BDA, que é ágar dextrose batata). Esse meio é utilizado para cultivar fungos e leveduras e multiplicar o micélio a partir de pequenos pedaços de tecido.
Outro método muito eficiente é a cultura líquida. Nesse caso, o tecido de micélio retirado da placa de petri é colocado em uma solução líquida nutritiva para se multiplicar. A cultura líquida permite que o micélio cresça de maneira rápida e uniforme, facilitando a inoculação em diferentes substratos.
Depois de desenvolver a cultura líquida, você pode usá-la para inocular substratos como o PF Tek (mistura de vermiculita e arroz integral) e também para criar spawn (sementes), que podem ser usadas para expandir o cultivo em larga escala.
Essa combinação de métodos — placa de petri, cultura líquida e inoculação — é a base para multiplicar o micélio e garantir um crescimento saudável dos cogumelos.
Para cultivar o micélio de fungos e formar colônias saudáveis, você precisa de dois elementos principais: um inóculo e uma base nutritiva.
A base nutritiva é feita geralmente de cereais, que podem estar inteiros ou triturados em forma de farinha. Os cereais fornecem os nutrientes que o micélio precisa para crescer e se multiplicar.
O inóculo é o material inicial que vai dar origem ao crescimento do micélio na base nutritiva. Ele pode ser feito a partir de:
- Esporos
- Meio de cultura em placa de ágar (BDA)
- Cultura líquida
- Substrato já colonizado
A diferença principal é que o inóculo feito de meio de cultura (como ágar ou cultura líquida) cresce mais rápido que o inóculo feito de esporos, porque já contém micélio vivo e pronto para se espalhar.
No cultivo de Psilocybe cubensis, os cereais usados como base nutritiva (como trigo, centeio ou arroz) são a principal fonte de nutrientes para o micélio produzir os frutos (cogumelos). O micélio cresce nesses grãos (ou “bolos”) e, depois de colonizados, eles são transferidos para um recipiente com um substrato rico em vermiculita, que funciona como uma reserva de água para ajudar na frutificação.
O rendimento do cultivo depende muito da quantidade de cereais usados e das condições do ambiente, como umidade, temperatura e ventilação.
No cultivo de cogumelos alimentícios, os cereais colonizados são usados principalmente como um meio de transporte para o micélio até o substrato final. Nesse caso, os cereais colonizados funcionam como uma espécie de "semente", que será misturada em blocos de substrato feitos de serragem, grama ou palha seca.
O papel dos cereais nesses casos é apenas transportar o micélio, sem influenciar diretamente na produtividade dos blocos, já que os nutrientes necessários para o crescimento dos cogumelos virão do substrato final (como a serragem ou palha).
No cultivo de Psilocybe cubensis, a situação é um pouco diferente. A quantidade de cereais colonizados usada é geralmente muito maior do que em outras espécies, como o shiitake, onde a proporção de cereais colonizados em relação ao substrato final pode ser de apenas 1%.
No caso do P. cubensis, os cereais colonizados têm duas funções: além de servir como meio de transporte para o micélio, eles também funcionam como uma fonte direta de nutrientes para o crescimento dos cogumelos. Isso significa que quanto mais cereais colonizados você usar, maior será o potencial de produção.
No entanto, há exceções. Alguns cultivadores conseguem bons resultados no cultivo de cubensis usando substratos tipo bulk (como esterco ou palha) com pequenas quantidades de inóculo. Mas, de modo geral, o uso de uma grande quantidade de cereais colonizados tende a aumentar o rendimento e a qualidade da colheita.
![Cultivo-de-cogumelos Como-cultivar-cogumelos-mágicos Cultivo-de-cogumelos-mágicos introdução-ao-cultivo-de]-cogumelos-mágicos Qual-cogumelo-mágico-cultivar Cultivo de cogumelos](https://naturamyco.com/wp-content/uploads/2025/03/Resumindo-o-cultivo-de-cogumelos-magicos-img.1-1-1024x536.png "Noções básicas sobre o cultivo de cogumelos 4")
Resumindo as etapas de cultivo
- Planejamento do cultivo
- Escolha o substrato (como arroz integral, trigo, milho, painço ou centeio) e o método de inoculação (esporos ou cultura líquida).
- Avalie os riscos, vantagens e desvantagens de cada método antes de começar.
2. Preparação do substrato
- Prepare o substrato (grão ou mistura) de acordo com a receita escolhida.
3. Esterilização
- Coloque o substrato em frascos de vidro ou potes PP5 (polipropileno).
- Cubra com papel alumínio.
- Cozinhe na panela de pressão por 60 a 90 minutos.
- Deixe esfriar por cerca de 12 horas.
4. Inoculação
- Use uma solução de esporos ou cultura líquida para inserir alguns mililitros do conteúdo nos copos com substrato estéril.
5. Incubação
- Coloque os copos em uma caixa térmica escura a uma temperatura entre 25°C e 28°C.
- Deixe em um ambiente escuro, mas exponha à luz por alguns segundos por semana para guiar o crescimento do micélio.
6. Colonização
- Em 10 a 30 dias, o substrato ficará totalmente tomado pelo fungo (100% colonizado).
7. Frutificação
- Depois que o micélio estiver colonizado, transfira para um terrário (câmara úmida) com temperatura de 25°C e umidade de 99%.
- Os primeiros cogumelos devem começar a aparecer em cerca de 7 a 10 dias.]
8. Colheita
- Os cogumelos estarão prontos para colheita em até 5 dias após aparecerem.
9. Desidratação
- Após a colheita, desidrate os cogumelos para conservá-los por mais tempo.
- Use um ventilador ou um desidratador para secá-los completamente.
10. Armazenamento
- Guarde os cogumelos em um recipiente hermético com um pacote de sílica ou antimofo para evitar umidade.
11. Hidratação
- Após cada colheita, hidrate o substrato com água mineral para manter a produtividade e evitar contaminação.
Estratégia e viabilidade
O cultivo de fungos exige procedimentos específicos, parecidos com o que se faz em um laboratório, principalmente na preparação de meios de cultura. Para quem está começando, é importante entender bem cada etapa do processo, já que um erro em qualquer fase pode comprometer todo o cultivo.
Para ter uma produção estável e de qualidade, o ideal é não depender apenas de técnicas com substratos complexos, porque eles aumentam o risco de perder uma grande quantidade de material caso algo dê errado na preparação. É sempre bom ter mais de uma estratégia para trabalhar.
Uma dica para iniciantes é testar diferentes tipos de substratos. Mesmo para cultivadores experientes, pode ser difícil acertar o nível certo de hidratação dos cereais. Para quem está começando, o mais recomendado é usar trigo em grão e o método clássico PF Tek (mistura de vermiculita e arroz integral). Esse método é mais simples, permite um crescimento estável do micélio e, embora leve um pouco mais de tempo para colonizar, oferece um bom resultado com menos risco de erro.
Um dos problemas mais comuns no cultivo com cereais é o uso de grãos tratados com fungicidas. No Brasil, os cereais armazenados geralmente recebem fungicidas para evitar que estraguem durante o armazenamento, o que pode dificultar o crescimento do micélio. Além disso, é comum encontrar cereais já danificados (com carunchos, por exemplo), o que pode atrapalhar o cultivo.
Para evitar esse problema, o ideal é escolher cereais orgânicos ou recentemente colhidos. Outra dica importante é deixar os grãos de molho por 12 horas antes de preparar o substrato. Isso ajuda a remover o excesso de fungicida e permite que você identifique e descarte os grãos danificados antes de iniciar o cultivo.
As contaminações são o maior pesadelo de quem cultiva cogumelos, e podem surgir em qualquer fase do cultivo. Os contaminantes mais comuns são o Trichoderma sp (também chamado de duende verde) e o cobweb (teia de aranha). Esses fungos são os primeiros a atacar o substrato porque crescem muito rápido em condições úmidas e quentes — exatamente o tipo de ambiente usado para cultivar cogumelos.
evitar contaminação, é essencial ter muito cuidado em todas as etapas do cultivo. Isso inclui:
- Desinfetar bem o local de trabalho.
- Esterilizar corretamente o substrato e os meios de cultura.
- Higienizar bem as ferramentas, recipientes e qualquer material que vá entrar em contato com os cogumelos.
- Usar luvas, máscara e álcool 70% durante o processo para minimizar o risco de contato com contaminantes.
Mesmo uma pequena falha na esterilização ou na manipulação pode permitir que esses contaminantes cresçam rapidamente, comprometendo todo o cultivo. Por isso, atenção e higiene são fundamentais para um cultivo bem-sucedido.
Para conhecer todas as contaminações presentes no cultivo de cogumelos é só clicar aqui
Para que o terrário funcione bem e os cogumelos cresçam de maneira saudável, ele precisa estar em boas condições. Além da temperatura, a ventilação e a luminosidade são fatores importantes para o desenvolvimento dos frutos.
Ventilação
A ventilação é essencial porque os cogumelos precisam de oxigênio para crescer. Existem dois tipos de ventilação que devem ser feitas no terrário:
- Ventilação rápida: Deve ser feita pelo menos uma vez por dia para renovar completamente o ar dentro do terrário. Basta abrir o terrário e abanar rapidamente ou deixar aberto por cerca de 1 minuto.
- Ventilação lenta: Acontece através dos filtros TNT fixados na lateral do terrário. Eles permitem a troca de gases, ajudando na saída do CO₂ (que é mais denso que o ar e tende a se acumular no fundo da caixa).
Se você usar filtros muito fechados, como fita microporosa ou filtro de café, o oxigênio pode não circular direito, mesmo que você use uma bomba de oxigênio. Isso acontece porque o CO₂ acumulado no fundo vai empurrar o oxigênio para cima, impedindo que o micélio absorva o oxigênio necessário para crescer bem. Por isso, o ideal é sempre usar TNT de malha média para garantir uma boa ventilação.
Luz
Os fungos não fazem fotossíntese, então eles não precisam de muita luz para crescer. Uma quantidade mínima de luz já é suficiente para guiar o crescimento dos cogumelos. No entanto, o terrário precisa estar em um local com boa circulação de ar — se você tentar cultivar em um armário ou espaço fechado, o micélio não terá oxigênio suficiente para se desenvolver, mesmo que use luz artificial.
Temperatura
A temperatura ideal para o cultivo é em torno de 25°C, mas variações entre 22°C e 28°C também funcionam bem.
- Se a temperatura estiver muito baixa, o crescimento dos cogumelos será mais lento. Nesse caso, você pode corrigir o problema usando um aquecedor de aquário com regulador de temperatura.
- Se a temperatura ultrapassar os 28°C, o risco de contaminação por Trichoderma e outras bactérias aumenta, dificultando o cultivo.
Se você mora em uma região quente, tente encontrar um ponto da sua casa onde a temperatura seja mais amena. Se o calor for muito intenso, uma forma simples de reduzir a temperatura no terrário é colocar garrafas de água congelada nos horários mais quentes do dia. Isso ajuda a refrescar o ambiente sem precisar de ar-condicionado, que é mais caro e consome muita energia.
Como ter sucesso no cultivo
Para cultivar fungos em um meio de cultura estéril, o fator mais importante é manter uma higiene rigorosa e fazer uma esterilização correta em todas as etapas do processo.
Aqui estão algumas recomendações essenciais para evitar contaminação e garantir um cultivo bem-sucedido:
- Use luvas descartáveis e máscara cirúrgica para evitar que micro-organismos presentes na pele ou na respiração contaminem o substrato.
- Desinfete as mãos com álcool 70% a cada 8 minutos para garantir que suas mãos estejam sempre limpas enquanto você trabalha com o cultivo.
- Limpe bem os materiais e o local de trabalho usando água sanitária para eliminar qualquer fonte de contaminação.
- Evite a circulação de ar no local durante os procedimentos para que o ar não carregue esporos ou bactérias para o meio de cultura.
- Realize os procedimentos de inoculação de esporos ou cultura líquida próximo a uma chama (como um isqueiro ou bico de Bunsen). A chama cria uma barreira de calor que impede que partículas contaminadas do ar se depositem nos materiais ou nos cogumelos.
Seguir essas dicas com cuidado é essencial para evitar que o processo de cultivo seja prejudicado por contaminação em qualquer fase. Um pequeno erro na higiene ou esterilização pode comprometer todo o trabalho, então o cuidado com a limpeza é fundamental para o sucesso no cultivo.
Materiais necessários para esterilização
- Panela de pressão ou autoclave – para gerar calor e pressão suficientes para matar os micro-organismos.
- Água – para criar o vapor úmido necessário para o processo de esterilização.
- Pote de vidro ou frasco PP5 – resistente a altas temperaturas, para armazenar o meio de cultura.
- Papel alumínio – para cobrir os potes e evitar a entrada de contaminantes após a esterilização.
- Filtro microporoso ou papel de filtro – para permitir a troca de gases sem contaminação.
- Fita indicadora de esterilização – para verificar se o processo atingiu a temperatura e pressão ideais.
Luvas esterilizadas – para manusear os frascos após a esterilização sem contaminá-los.
- Pinça esterilizada – para manipulação segura dos frascos quentes.
- Panos limpos ou papel toalha – para secar e limpar as superfícies após o processo.
Processo de esterilização:
- O fator de esterilização é determinado pela relação entre o material a ser esterilizado, o tempo de exposição, e o calor e pressão gerados pelo vapor úmido durante o aquecimento.
Em uma panela de pressão comum, o processo pode levar até 1h30min para atingir uma esterilização completa.
- Em uma autoclave vertical, o processo é mais rápido e eficiente, podendo levar apenas 20 minutos após atingir a temperatura e pressão ideais.
- O uso de uma autoclave é mais comum em laboratórios devido à sua eficiência e controle preciso de temperatura e pressão.
Como Proteger os Meios de Cultura na Manipulação
Uma forma eficiente de proteger os meios de cultura durante a inoculação é usando uma barreira de calor criada pelo bico de Bunsen. O calor da chama cria um ambiente seguro, impedindo que partículas contaminadas entrem em contato com o substrato.
Se você não tiver um bico de Bunsen, pode usar uma boca do fogão como alternativa. Basta realizar o processo de inoculação com a seringa próximo à chama. Se estiver usando a técnica Grain to Grain (G2G), faça o processo de forma rápida e próxima ao fogo, para garantir que o calor proteja os grãos de qualquer contaminação.
Esterilização do substrato
O tempo necessário para uma boa esterilização depende do tamanho da panela e da quantidade de substrato:
- Panelas pequenas (até 7 litros): aproximadamente 50 minutos sob pressão em fogo médio.
- Panelas grandes (de 7 a 20 litros): até 2 horas e 30 minutos sob pressão.
Antes de começar, certifique-se de que sua panela está em boas condições e funcionando corretamente. A contagem do tempo de cozimento começa quando a válvula de pressão começa a girar.
Depois de esterilizar, não abra a panela imediatamente. Deixe que ela esfrie completamente antes de abrir. Se você abrir ainda quente, o calor interno vai sair rapidamente, e o ar frio de fora, cheio de micro-organismos, pode entrar nos copos, causando contaminação.
Escolha dos recipientes
- Os recipientes para esterilização devem ter entre 200ml e 500ml.
- Você pode usar potes de vidro ou plástico PP (polipropileno), que aguenta altas temperaturas sem deformar.
- Potes de plástico PP5 são mais baratos e fáceis de encontrar.
- O vidro é mais durável, mas tem o risco de quebrar durante o cozimento.
Proteção durante a esterilização
Sempre coloque um grade no fundo da panela para evitar que os copos entrem em contato direto com o metal quente. Isso evita que o plástico derreta ou que o vidro estoure caso a água da panela acabe.
Seguindo essas dicas, você reduz bastante o risco de contaminação e garante que o substrato fique bem esterilizado para o crescimento saudável do micélio.
Como Definir a Melhor Estratégia de Cultivo
O inóculo que você escolhe para começar o cultivo vai influenciar diretamente na velocidade de colonização e na produtividade dos cogumelos.
- Esporos: A colonização com esporos é mais lenta porque os esporos estão "dormindo" e precisam de tempo para começar a crescer. Esse processo de "acordar" o esporo (quebra de dormência) leva cerca de 7 dias. No total, o processo de colonização pode durar até 50 dias, dependendo do tamanho do recipiente.
- Cultura líquida: Já a cultura líquida é feita com o micélio já ativo e pronto para crescer. Os primeiros sinais de colonização podem aparecer em apenas 4 dias e, em alguns casos, o substrato fica totalmente colonizado em menos de 15 dias. Além disso, culturas líquidas geralmente produzem melhores resultados porque são feitas a partir de clonagem e seleção de micélio em placas de ágar (BDA), o que garante um crescimento mais uniforme e rápido.
Estratégias de cultivo mais usadas
✅ Estratégia Fácil (para iniciantes):
- Boa para primeiras experiências
- Baixo custo e simples de fazer
- Colonização um pouco mais lenta
➡️ Cultura líquida → Bolo PF Tek estéril (clássico)
🔥 Estratégia Mediana (nível intermediário)
- Para quem já tem alguma experiência
- Melhor viabilidade e resultados mais rápidos
- Custo intermediário
➡️ Cultura líquida → Bolo PF Tek estéril
➡️ Cultura líquida → Spawn estéril
🚀 Estratégia Avançada (para alta produção)
Requer mais técnica e precisão
Alto rendimento
- Custo maior e risco de contaminação mais elevado
➡️ Cultura líquida → Spawn estéril
➡️ Spawn ou bolo colonizado → Spawn ou bolo estéril (Grain to Grain)
➡️ Placa BDA → Spawn ou bolo estéril
Definindo a melhor estratégia
Para definir a melhor estratégia, considere:
- O tipo de substrato disponível (trigo, arroz integral, painço, milho, etc.)
- A temperatura média da sua região
- A quantidade de cogumelos que você pretende colher
- Os materiais e insumos que você encontra com facilidade e menor custo
Trabalhar com grãos puros tem riscos porque eles são armazenados por muito tempo e podem já estar parcialmente deteriorados ou contaminados. Por isso, sempre tenha um plano B — nesse caso, o clássico método PF Tek é o mais seguro e confiável para salvar o cultivo caso algo dê errado.
Em quase todo o Brasil, você pode encontrar trigo em grão em lojas cerealistas e arroz integral ou Milho em supermercados.
Importância da vermiculita
Independente da técnica que você escolher, a vermiculita será essencial em alguma etapa. A vermiculita é um material inerte (não contém nutrientes) feito de origem mineral. Ela retém umidade, ajudando a manter o ambiente perfeito para o micélio crescer.
- Use vermiculita de granulometria média ou fina.
- Evite vermiculita muito fina, pois ela pode compactar o substrato, dificultando o crescimento do micélio.
Você pode encontrar vermiculita em lojas de jardinagem ou materiais de construção.
